segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Ninfomaníaca: Volume 2 (Nymphomaniac: Vol. 2) - 2013

03/02/2015
Nota: 7.0 / 6.7 (IMDB)
Formato: HD

DireçãoLars von Trier
RoteiroLars von Trier
ElencoCharlotte Gainsbourg (Joe 35-50), Stacy Martin (young Joe 15-31), Stellan Skarsgård (Seligman), Shia LaBeouf (Jerôme Morris), Christian Slater (Joe's father),Jamie Bell (K), Uma Thurman (Mrs. H), Willem Dafoe (L), Mia Goth (P), Sophie Kennedy Clark (B), Connie Nielsen (Katherine (Joe's mother)), Michaël Pas (Older Jerôme), Jean-Marc Barr (the Debtor Gentleman), Udo Kier (The Waiter), Shanti Roney (Tobias (Interpreter)), Laura Christensen (Babysitter), Caroline Goodall (Psychologist), Kate Ashfield (Therapist), Tania Carlin (Renée), Daniela Lebang (Brunelda), Omar Shargawi (Thug 1), Marcus Jakovljevic (Thug 2), Severin von Hoensbroech (Debtor in greenhouse)


Crítica:

Parte 2


Depois de assistir a primeira parte, entendemos o porquê de Lars von Trier separar seu filme em duas partes. Foi apenas para conseguir contar toda a história que queria, sem ser cansativo, pois os dois filmes juntos devem ter em torno de quatro horas, isso com os cortes realizados.

A segunda parte narra a vida adulta de Joe até o ponto em que o primeiro filme começa. Na fase adulta, seu vício não é mais uma brincadeira, passa a ser uma necessidade, por isso, cada vez mais se afunda na podridão da sociedade. Sujeita-se a todo tipo de situação, sem ter sentimentos, medo, raiva, dó, desespero, nada disso passa por Joe. Ela simplesmente segue os instintos que seu vício lhe impõe.


Dentro de toda narrativa, desde o primeiro filme, entendemos um pouco de quem é Seligman. Um cara que viveu a vida para religião, sem mulheres, também tem seus fantasmas e na medida que Joe narra a história, percebemos que ele também é um ser humano com problemas, frustações etc.

O drama de Joe piora cada vez mais, mas até então a única prejudicada é ela mesmo. Até que fica grávida, a partir daí ficamos ainda mais chocados. O filho não impede Joe de seguir os instintos de eu vício, chagando ao ponto de larga-lo sozinho para participar de sessões sadomasoquistas. É incrível o tanto que muda nossa perspectiva quando uma criança é envolvida em qualquer conflito.


A narrativa se desenvolve mostrando o lado negro da hipertextualidade até chegarmos ao ponto de início. Quando Joe termina a história, Seligman está psicologicamente envolvido com ela. As últimas cenas von Trier deixa claro que queria nos mostrar algo além do desejo sexual hiperativo, pois, em minha opinião, todos nós temos diferentes problemas, desvios de comportamento, ou até vícios ocultos, uns mais outro menos, uns expositivos outros introspectivos. 

Muitos ficaram sem entender o final, mas o ato final vai muito além da ação em si. Para humanidade há muitos mistérios, muitos deles explicados por Deus. A ciência tenta há milhares de anos explicar a imensidão do universo ou de onde viemos, para as religiões não há explicação, há Deus. Mas Lars expõe um dos mistérios que ninguém consegue explicar, o cérebro humano.

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